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domingo, 4 de dezembro de 2011

O COITADO DO CARAMBOLO



 Foto e poema de Antonio Félix



Um réptil fora da lei
que vive balanceando a cabeça
num sentido totalmente positivo,
este é o sim do carambolo!
Olho para o muro do quintal
e vejo-o tão calmo, sem mexer com ninguém,
apenas encarando-me, mostrando sua gentileza.
Certo dia, assombrei-me com tal fato,
isto é, vi um garoto muito malvado
com uma baladeira nas mãos
e umas pedrinhas no bolso do calção.
Realmente, não vi o que aconteceu,
porém, quando olhei para o muro
não avistei mais o carambolo
porque o coitado estava morto...
estendido naquele chão.
Foi uma pedrada louca! Violentíssima!
Sei que a baladeira não teve culpa,
muito menos a pedra que lhe acertou,
uma vez que quem atirou foi o menino,
o miserável do menino.
Acho, talvez, que o motivo chama-se diversão,
todavia, acabou-se uma vida de um inocente animal.

[Antonio Félix]

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