CONTATO: felekeche@hotmail.com

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

"TINGATINGA" - (ARTE AFRICANA)


"A PINTURA tingatinga nos mostra como ver o mundo com os olhos de nossa criança interior. É divertida, alegre e colorida", escreveu Daniel Augusta, gerente da Sociedade Cooperativa de Artes Tingatinga. A inspiração vem da África: Sua vida selvagem e cultura, principalmente da Tanzânia, local de origem dessa forma de arte.
O pioneiro desta fabulosa arte foi Edward Saïd Tingatinga, da tribo Makau, que nasceu em 1932. Este estilo de pinturas coloridas é chamada Arte de Tingatinga, em homenagem a Saïd, e é muito conhecida em vários países, como uma arte indígena da Tanzânia.
















quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SER POETA

Ser poeta é ter palavras
soltas na mente
para escrevê-las num papel
em branco como espumas.

Ser poeta é ter gadanho
e uma suavidade em mãos,
escrevendo seus sentimentos
que surgem do coração.

Ser poeta é ficar trancado
dentro de um quarto
e recitar seus poemas
para si próprio.

Ser poeta é ser amigo,
Mas é amigo das palavras
respeitando-as sempre
para que o poeta
também seja respeitado.

[Antonio Félix]

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

POETIC: UM PLANETA CHEIO DE POESIAS






Olá, amigo leitor! Embarque nesta viagem rumo ao planeta Poetic um lugar encantador e repleto de poesias. Se você quiser, pode enviar para o e-mail (felekeche@hotmail.com) uma poesia para este vasto planeta poético, que eu irei publicá-la neste blog. Vamos juntos neste viagem literária!





PLANETA POETIC

Nunca tinha visto algo parecido,
Um planeta fantástico, porém esquecido...
Cheio de pensamento, música, arte...
Tudo transformado em pura poesia.

Ah, não posso pensar em despedida
Somente na vida
Que o tempo nos tem oferecido!

[Antonio Félix]



NAVE POÉTICA

As luzes desta nave me encanta!
Só não me encanta mais do que a poesia.
Vou viajar pelo espaço cósmico
Em busca de um mistério
Muito mais do que poético
Para dias melhores.
Quero conhecer galáxias!
Planetas diversos!
Outros seres que lá habitam!
Tenho certeza que tudo isso
Tem um pouco de poesia
Com uma mistura impecável de sinestesia.

[Antonio Félix]

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Publius Ovidius Naso (O Mestre do Amor)

Você acha que seria interessante um livro que ensinasse sobre as artes do amor sensual, escrito por alguém de sucesso indiscutível com as mulheres? Pois é, o poeta Publius Ovidius Naso escrevia poesias de amor. Ele escreveu há dois milênios sobre sexo e sedução. E continua atual.

Segundo a publicação da revista ALFA , da editora Abril, do mês de outubro de 2011 - para o poeta Ovídio, seduzir uma mulher era uma técnica que, como qualquer outra, podia ser aprendida. Assim, procurava transmitir sua experiência de conquistador, que, muito além dos três casamentos, se vangloriava de ter levado para cama mulheres de todos os tipos: “altas ou baixas, louras ou morenas, esbeltas ou opulentas, instruídas ou ignorantes, contando que fossem belas e não tivessem passado o sétimo lustro da vida” (ou seja, com menos de 35 anos, idade em que, segundo ele, atingiam o “mais alto grau da ciência amorosa”).

Publius Ovidius Naso, mestre da poesia latina, conhecido simplesmente por Ovídio, nasceu em Sulmo, atual Sulmona, em Abruzos na Itália, no dia 20 de Março do ano 43 a.C. Os seus poemas repletos de suavidade e harmonia influenciaram  artistas como Dante, Chaucer, Milton e Shakespeare. Ovídio escreveu sobre o amor, a sedução, o exílio e a transformação mitológica. Contra a vontade de seu pai, que pretendia que seguisse uma carreira administrativa, dedicou toda a sua vida à poesia. Faleceu em Tomis, atual Constança, na Romênia, no ano 17 da era cristã.

                                                            Ovídio
                                                       Poeta Latino


* Conheça abaixo um pouco de sua história:

Ovídio nasceu em 20 de março de 43 a.C. em Sulmo, atual Sulmona, em Abruzos, Itália. 

Os pais, de família abastada, enviaram-no a Roma para estudar retórica. No curso, que treinava o aluno para falar de improviso sobre qualquer assunto, Ovídio preferiu os temas éticos, propícios a considerações psicológicas e morais. A retórica deu expressividade e emoção à sua poesia. 

Seu pai queria destiná-lo à carreira administrativa, mas uma viagem à Grécia, que ele percorreu com o seu amigo Pompeu, também poeta, levou-o a extasiar-se com as associações mitológicas entranhadas na paisagem helênica. Após breve experiência administrativa, Ovídio decidiu dedicar-se à poesia e à convivência dos poetas, como Propércio e o já maduro Horácio, no círculo ligado a Caio Mecenas. Não conheceu Virgílio; e Tibulo, a quem dedicou uma elegia fúnebre, morreu pouco antes de lhe ser apresentado. 

Por volta de 20 a.C. Ovídio começou a publicar a primeira de suas obras, «Amores» (Os amores), seleção de elegias amorosas em cinco volumes. Publicou «Ars Amatoria» (A arte de amar ), autêntico tratado sobre a sedução e o jogo amoroso, por volta do ano 1 a.C. Embora ambos os livros constituam sobretudo exercícios estilísticos que combinam a habilidade intelectual com a genuína emoção, a sua concepção frívola e às vezes erótica do amor contrasta com a austeridade moral preconizada pelo imperador Augusto. Essa divergência fez o poeta cair em desgraça. Também são desse período «Epistulae Heroidum» (Heróides) e «Remedia Amoris» (Os remédios do amor). As duas obras da maturidade de Ovídio, «Fasti» (Os fastos) e «Metamorfoses», foram escritas entre os anos 2 e 8 da era cristã. 

«Fasti» é uma coleção de 12 livros -- dos quais se conservam seis -- dedicados cada um deles a um mês do ano, nos quais se comentam as festas romanas e suas origens lendárias. «Metamorfoses», poema narrativo em 15 livros, redigido em versos de seis sílabas, é uma coleção de lendas, a maioria de origem helênica, em cada uma das quais ocorre alguma metamorfose. As histórias são dispostas em ordem cronológica e cada uma relaciona-se com a precedente, num amplo afresco mítico que abrange desde a criação do mundo até a divinização de Júlio César, e termina com uma homenagem a Augusto. 

Apesar da complexidade do tema, Ovídio dotou os personagens divinos de emoções plenamente humanas e matizou as diferentes cenas com evocadoras descrições da natureza. Pôde assim transformar o que seria um mero exercício de erudição num mundo cheio de magia e de sonho. Quando Ovídio chegou ao auge do prestígio, Augusto ordenou o seu desterro, sob a acusação de imoralidade, apoiada em parte no facto de ser o autor de «A Arte de Amar».

«Estátua de Ovídio»
Constança - Tomis
 
No ano 8 da era cristã, Ovídio fixou-se em Tomis, pequena localidade à margem do mar Negro. As suas últimas obras foram as elegias «Tristia» (Tristes) e «Epistulae ex Ponto» (Epístolas do Ponto), protestos de inocência e reflexões sobre o exílio. O poeta exerceu grande influência na revitalização da poesia bucólica e mitológica do Renascimento, que teve nas «Metamorfoses» um dos seus modelos fundamentais. Ovídio morreu em Tomis, posteriormente Constança, na Romênia, no ano 17 d.C.

A ARTE DE AMAR

I
Tal como o povo, tal como o juiz
E o seleto senado se rendem à eloquência,
À arte embaladora das palavras
As mulheres não opõem resistência.
Mas os recursos oculta do teu verbo;
Evite o teu discurso o tom pedante.
Só um pobre de espírito faria
Um pomposo discurso à sua amante
(…) Que o teu estilo seja natural
E as palavras comuns, embora ternas,
À mulher que escreveres procura dar
Naturalmente a impressão de que te está a ouvir falar.

II
É no leito, acredita, que a Concórdia, sem armas, eternamente habita.
A cama é o lugar onde nasce o perdão.
As pombas que ainda há pouco se batiam 
Unem os bicos e o seu arrolhar é o amor a falar.
Apressar o termo da volúpia,
Acredita, não é conveniente,
Mas depois de atrasos que a demorem
Chegar à meta insensivelmente.
E antes de encontrares aquela região
Onde as carícias têm melhor acolhimento
Não te impeça o pudor de a afagar.
Como os raios do sol quando são refletidos
No espelho da água transparente,
Nos olhos da amante, esse trêmulo brilho tu verás cintilar.
III
Que a meta seja atingida ao mesmo tempo.
São guindados ao cume da volúpia
O homem e a mulher quando vencidos
Ficam na cama, sem forças, estendidos.
Ovídeo

OS AMORES

Era intenso o calor, passava do meio dia;
Estava eu em minha cama repousando.
(...) Eis que vem Corina numa túnica ligeira,
Os cabelos lhe ocultando o alvo pescoço;
Assim entrava na alcova a formosa
Semíramis,
Dizem, e Laís que amaram tantos homens.
Tirei-lhe a túnica, mas sem empenho de vencer:
Venceu-a, sem mágoa, a sua traição.
Ficou em pé, sem roupa, ali diante de meus olhos.
Em seu corpo não havia um só defeito.
Que ombros e que braços me foi dado ver, tocar!
Os belos seios, que doce comprimi-los!
Que ventre mais polido logo abaixo do peito!
Que primor de ancas, que juvenil a coxa!
Por que pormenorizar? Nada vi não louvável,
E lhe estreitei a nudez contra o meu corpo.
O resto, quem não sabe? Exaustos, repousamos.
Que outros meios-dias me sejam tão prósperos.

Ovídeo


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Fontes de pesquisa:

Revista ALFA – Mês de outubro de 2011 (CONFISSÕES – O MESTRE DO AMOR – por Sérgio Amaral Silva – Pág. 62.)
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domingo, 4 de dezembro de 2011

O COITADO DO CARAMBOLO



 Foto e poema de Antonio Félix



Um réptil fora da lei
que vive balanceando a cabeça
num sentido totalmente positivo,
este é o sim do carambolo!
Olho para o muro do quintal
e vejo-o tão calmo, sem mexer com ninguém,
apenas encarando-me, mostrando sua gentileza.
Certo dia, assombrei-me com tal fato,
isto é, vi um garoto muito malvado
com uma baladeira nas mãos
e umas pedrinhas no bolso do calção.
Realmente, não vi o que aconteceu,
porém, quando olhei para o muro
não avistei mais o carambolo
porque o coitado estava morto...
estendido naquele chão.
Foi uma pedrada louca! Violentíssima!
Sei que a baladeira não teve culpa,
muito menos a pedra que lhe acertou,
uma vez que quem atirou foi o menino,
o miserável do menino.
Acho, talvez, que o motivo chama-se diversão,
todavia, acabou-se uma vida de um inocente animal.

[Antonio Félix]

sábado, 3 de dezembro de 2011

A FESTA NO CÉU




Hoje, pela manhã, bem cedo
vi uma beleza extraordinária!
Uma ciranda no céu, todos misturados...
eram os urubus fazendo a sua festa!
O que posso imaginar neste momento,
tentei tirar uma foto, mas a luz do sol era intensa
não deu para o lindo momento eu registrar.
O que será que estão comemorando?
Todos tão felizes...
brincando de roda no límpido céu azul
sentindo o perfumado cheiro das nuvens.

[Antonio Félix]




quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CIRANDA LITERÁRIA

     A Família, de Tarsila do Amaral
  
            Acontecerá nesta sexta-feira, 02/12, uma apresentação do Espetáculo Infantil (arte, música e dança), resultado do Projeto Ciranda Literária, desenvolvido pelas professoras do ensino fundamental I do Colégio Padre José de Anchieta. Os protagonistas serão os alunos do Pré-II e do ensino fundamental I. O projeto baseou-se na leitura de várias obras infantis, com destaque para a obra FLICTS, do extraordinário Ziraldo. Será um espetáculo de muitas cores e muita imaginação. Vale a pena conferir.
            O local da apresentação será no TEATRO DE ARENA (Maroca, Mundica e Morena Ferreira), no Parque Beira Rio, a partir das 19 horas. A coordenação dos trabalhos foi feita pelas professores Luciana Almeida, Sheila Pierot, Magnólia, Nathália Santos, Jayra Borges, Williamis, Marcos, Socorro Rego e Maria Antonia Medeiros. A supervisão e o cenário ficaram a cargo de Fátima Gualberto. As coreografias correram por conta de Ana Célia Oliveira.

É mais um trabalho com a marca do COLÉGIO PADRE JOSÉ DE ANCHIETA.


Fonte: http://silvalopes.zip.net/

domingo, 27 de novembro de 2011

IMAGEM & POESIA

 Foto e poema de Antonio Félix



PÁSSARO DE MÚLTIPLOS NOMES

Pássaro de múltiplos nomes!
Ó maria-branca!
Lava-te neste açude, pombinho-das-almas
e depois voe por este céu!
Tu és uma lavadeira mascarada, maria-lencinho!
Não sei se és noivinha ou viuvinha,
mas prefiro chamar-te de bertolinha.

[Antonio Félix]

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CONHEÇA O BLOG "CPI"



A Confraria da Poesia Informal (CPI)foi fundada em Petrópolis - RJ, em agosto de 2011, pela escritora Catarina Maul em conjunto com amigos, ex alunos de poesia, participantes dos concursos literários que organiza, entre outros inspirados e esperançosos cidadãos do mundo. Rapidamente, encontrou pares de varios CEPs diferentes, passando a mais de 80 membros em 3 meses. Dialoga através de reuniões, saraus e o facebook.

Visite o blog:  http://confrariadapoesiainformal.blogspot.com/

sábado, 19 de novembro de 2011

FLORES DA PRIMAVERA


Nas águas rasas do rio Parnaíba
Este vento espalha flores da vida.
E canto eu cá, com o rosto paíba,
Estando com saudades, ó querida!

Vejo rosas neste campo de abril!
Colho flores de alegria vivida!
Observando este belo orvalho inútil,
Esquecendo-me da vida sofrida.

Eu amo a terra muda e solitária
Que tais anjos deram-me de presente.
É como sentir este vento quente!

Nestes louvores vejo a fantasia
Tentando fugir deste paraíso,
Onde se tem flores em demasia.
 
[Antonio Félix]


terça-feira, 15 de novembro de 2011

ÓCIO


Precavido sempre eu vejo,
Olho as constelações, o luar
Com um clarão tão branco
Quanto as neves e as neblinas...

Visões passadas com os olhos da mente,
Sentindo a cor do vento,
Saciando a vontade fremente
De beber a água da fonte da vida!

E numa vadiagem terrível
Vivo perambulando na mente,
Com um olhar lancinante
E uma preguiça premeditadamente.

E o que pode ser cabível
Se já não tenho nada,
Apenas um ócio
E uma repreensão que me mata.

[Antonio Félix da Silva Neto]